("grafitti" nas traseiras do Hospital Dr. Ayres de Menezes - autor desconhecido)
Ontem propus-me a escrever sobre este tema... Tentei ser livre, mas a internet, instrumento maior desta liberdade de informação, não me permitiu. Do que escrevi e e me lembro ficam algumas ideias principais:
1- Escrevo no seguinte às eleições europeias (confesso que achei piada ao resultado. Venceu o David pequenino, gordinho e feio, contra o Golias alto, charmoso e sobranceiro). Fica bem e dá esperança.
2- A Liberdade que tanto nos custou a alcançar está perfeitamente morta e putrefacta... À morta Liberdade, chamam hoje os canhotos liberdade individual!!! Que paradoxo.. Sempre ouvi que " a minha liberdade não pode começar onde acaba a do outro porque dessa maneira ninguém é verdadeiramente livre".
Como São Tomé, ver para crer: Na educação, as nossas crianças com a sua libertinagem e não percebem que liberdade anda de mãos dadas com responsabilidade. Possivelmente não há tempo para lhes ensinar isso na escola, mas os pais, de tão livres individualmente que são, não se responsabilizam por lhes ensinar isso em casa; Na saúde, quando nos desresponsabilizamos por nós, pelo nosso equilíbrio porque somos livres para fazer o que nos passa pela cabeça (fumar, beber, comer e trabalhar desenfreadamente), temos a lata de exigir do governo, do SNS, dos médicos, enfermeiros e demais profissionais uma atenção e um carinho que somos incapazes de ter connosco (já dizia uma voz sábia na família: "Vivo num mundo com homens que não entendo: Passam metade da vida e perder saúde para ganhar dinheiro e a outra metade a gastar o dinheiro que ganharam para recuperar a saúde que perderam."); No nosso sistema de Justiça que no papel considera todos iguais quando poucos são merecedores dessa igualdade que a Liberdade lhes dá. A autoridade que deveria existir para responsabilizar não é respeitada também porque não se faz respeitar, e não se faz respeitar porque não dá o exemplo, porque não educa, porque não serve de modelo...
3-Em calhando o que nos faz falta é isso mesmo. Um modelo, algo/alguém a quem seguir. Um Obama, um ídolo, uma história real de encantar que nos faça acreditar que vale a pena ser decente, bom, respeitador, honesto e sério. Que ser livre passa por isso..
4 - Mas também podemos amorfar e deixar andar... No final das contas, possivelmente, só os ignorantes e os inconsequentes é que se sentirão verdadeiramente livres. A esses não lhes pesa a cabeça na almofada pelo que fazem e deixam que lhes façam (como dizia a minha mãezinha "as pessoas só pisam onde há chão mole")
Desenganem-se os que pensam que estou a vender isto.. Este é um desabafo contra muitas das minhas atitudes, na esperança de que me leia e mude alguns dos meus comportamentos.
Tenho só que acreditar, porque sou livre para o fazer...
Nenhum comentário:
Postar um comentário